Participação dos jovens e das comunidades

O projeto Horizonte 2020 PARTISPACE teve como objetivo analisar a participação dos jovens na democracia, investigando o que fazem nos espaços públicos, o que significa para eles e como pode ser compreendido a nível cívico, social e político. Embora não se trate de um projeto estritamente baseado na sala de aula, o projeto realizou 188 entrevistas a especialistas, 100 discussões de grupo, 96 entrevistas biográficas e 48 estudos de casos etnográficos de contextos participativos formais, não formais e informais.

Além disso, foram realizados 18 projetos de investigação-ação participativa por e com jovens das oito cidades envolvidas no projeto, Bolonha (IT), Frankfurt (DE), Gotemburgo (SE), Eskisehir (TK), Manchester (UK), Plovdiv (BG), Rennes (FR) e Zurique (CH). Em Plovdiv, por exemplo, os alunos investigaram e debateram ideias para melhorar o seu recreio através da realização de inquéritos com outros alunos, criando uma campanha nas redes sociais e organizando um grupo de voluntários para limpar a área.

Na sequência do sucesso do PARTISPACE, quatro países participantes desenvolveram Partbridges com o objetivo de desenvolver uma cooperação mais estreita entre o ensino superior, jovens trabalhadores e jovens. Este projeto apresentou experiências de investigação-ação participativa dos países participantes, envolvendo investigação de académicos, trabalhadores jovens e jovens e abrangendo vários tópicos tais como "Ser jovem em tempos de pandemia". As crianças participaram na componente de investigação do projeto, o que lhes permitiu refletir sobre as suas necessidades e as de outras crianças da sua idade e introduzir mudanças nessa base.

O projeto Adverse Childhood Experience and Inter-Professional Working teve como objetivo melhorar as experiências escolares de crianças desfavorecidas através do trabalho com professores, assistentes sociais, trabalhadores da saúde e a polícia para criar uma abordagem colaborativa à questão. O projeto utilizou cinco elementos para o conseguir, participação, formação de competências de grupo, trabalho em rede, partilha de informações e reflexão crítica utilizando questionários e entrevistas. O projeto aplicou uma componente de investigação-ação utilizando inquéritos para as entrevistas principais a fim de partilhar informações entre os participantes. O projeto, que decorreu entre 2018 e 2021, disponibilizou materiais didáticos, webinários, formação em serviço e um curso piloto sobre aprendizagem interprofissional em matéria de colaboração, entre outros.

Participação das escolas e dos professores

A Escola Profissional de Construção e Levantamento Topográfico em Split, na Croácia, foi lançada utilizando New Media e o Facebook para a interação intercultural nas aulas de línguas. Neste projeto, utilizaram o Facebook para criar um grupo colaborativo chamado 'Action Project Ice-Cro2016', em que os alunos podiam melhorar as suas competências linguísticas e partilhar tarefas. Através do grupo, os alunos puderam melhorar a sua compreensão oral, compreensão de leitura, interação oral, produção oral e capacidades de escrita.

A Escola Avedoere, uma escola primária e secundária na Dinamarca, trabalhou com escolas no Montenegro, na Áustria, na Finlândia e na Índia em projetos interculturais nas aulas de inglês. O projeto dividiu-se em duas partes com o objetivo de melhorar as competências interculturais dos alunos. Para a primeira metade do projeto, o tema incidiu sobre o Natal e as diferenças entre as tradições culturais que utilizam a língua inglesa.

Embora os alunos mostrassem interesse nas culturas uns dos outros, foi utilizado um tópico mais amplo para a segunda metade do projeto, "Almoço em diferentes culturas". O projeto teve um prazo de quatro meses, o que permitiu uma maior análise e reflexão. Através de diferentes métodos, como inquéritos, debate de ideias, questionários e grupos focais, determinou-se que os alunos estavam altamente motivados para aprender com os seus pares de outras culturas e fazer-lhes perguntas.

A investigação-ação não só ajuda a aprendizagem de línguas, como também pode ser útil para outras áreas do currículo. A Escola Norueguesa de Ciências do Desporto conduziu um projeto de investigação sobre o papel do trabalho didático na educação física. Utilizando uma combinação de notas e reflexões dos professores e diários de bordo e entrevistas dos alunos, foi realizada uma análise global do ensino. As conclusões fornecem uma visão das melhores abordagens para o ensino da educação física e das ideias dos alunos sobre a imagem corporal e a saúde.